sábado, 27 de outubro de 2012

Você sabe quem é Wilson Simonal?

Por Marcelo Lopes


Tenho uma mania que já me deu muitos prazeres na vida que é fuçar o passado. Sons, imagens, filmes, contos populares, costumes antigos, palavras, tudo me desperta a curiosidade. Não sei se pela influência da minha formação em História ou se foi mesmo esta mania que me levou a entrar para esta área, mas o fato é que muito recentemente redescobri algo que o Brasil fez questão de esquecer: Wilson Simonal.

Este personagem polêmico da história recente do país cruzou meu caminho inúmeras vezes nos últimos cinco anos, aparecendo em livros, documentários e, especialmente, na execução pontual de suas músicas. Simonal ainda hoje é um fenômeno peculiar no Brasil por dois motivos centrais. O primeiro, por um talento musical e cênico incrível, datado em seu tempo, mas popular ao extremo. Tinha uma capacidade de atrair o público de forma avassaladora, moldada a partir de uma jogada de mídia assertiva. Como um Luan Santana elevado à quinta potência, só que com talento. De outro lado, foi o bode-expiatório de um episódio que expôs toda virulência e preconceito de um Brasil cru, desnudado de suas maquiagens, de um país de “homens cordiais”, como bem dizia Sérgio Buarque de Holanda.

Wilson Simonal de Castro (pai dos músicos Max de Castro e Simoninha) foi um dos maiores showmens que o Brasil já teve, numa época em que isso ainda precisava ser inventado por aqui. Chamou muito minha atenção que alguém assim tenha passado em brancas nuvens à minha geração, que dele só chegamos a conhecer, quando muito,  a canção “País Tropical”, e mesmo assim, referendada por ser uma música de Jorge Ben Jor. Ícone do que ficou conhecido como “pilantragem”, o cantor encarnava a figura do malandro carioca. Não o malandro dos morros, mas o malandro da esperteza safa de quem transita por todo lado “tirando onda”, da ginga inconfundível que dialogou magistralmente com as duas frentes musicais mais importantes da sua época, embora totalmente antagônicas: a Bossa Nova e a Jovem Guarda.

Como bem descreveu o escritor Ricardo Alexandre, em sua biografia sobre o cantor, intitulada Nem Vem Que Não Tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal: “produtores, fãs, familiares, amigos, detratores, gente de televisão, colegas músicos, técnicos de som, não há quem não ressalte, sempre com olhos arregalados (...) o suingue infernal, indescritível e fora de série de Simonal”. De fato, muitas décadas depois, eu mesmo vi isso acontecer.

Nos tempos de hoje, em que a música comercial nos empurra doses cavalares (e questionáveis) de sons pouco criativos e massificantes, elegendo quatro ou cinco gêneros como se mais nada houvesse no mundo, a capacidade de percepção apurada da população é recorrentemente subestimada. Recentemente, coordenei uma atividade em espaço público cujo evento tinha como fundo musical algumas músicas selecionadas. Muitas pessoas da comunidade local me perguntaram quem cantava, porque achavam o som muito bom, “estiloso” e “moderno”. Queriam saber sobre as versões de músicas conhecidíssimas como “Madalena”, Ivan Lins, e "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, executadas de forma tão diferente e rítmica. Era Simonal.

O artista multifacetado descobriu seu potencial quando serviu ao exército e daí em diante não parou mais. Era capaz de movimentar plateias imensas e dominá-las com um carisma brilhante num tempo em que isso não era nada comum; cantar inglês perfeitamente, aprendido somente de ouvir (vide show com a diva Sarah Vaughan); ter um talento respeitado tanto por bossanovistas e jovem-guardistas, e ser, à sua época, um fenômeno à altura de Roberto Carlos no auge do iê-iê-iê. Estas eram apenas algumas de suas características, e, ironicamente, num país como o nosso, com uma ressalva importante: era negro, filho de empregada doméstica e viveu boa parte da vida pobre-pobre de marré-de-si.

Com o sucesso crescente, o patrimônio se avolumando e dono do maior contrato de publicidade até então assinado no país (com a empresa Shell), Simonal se envolveria num “embrulho” maior que ele mesmo, capaz de colocá-lo na pior situação que alguém poderia se encontrar no meio artístico em plena Ditadura Militar.

Em 1971, o cantor, desconfiado de seu contador, acusou-o de desfalque, demitindo-o. O suposto culpado moveu uma ação trabalhista contra Simonal e este fez a pior coisa que poderia ter feito: pediu a dois amigos militares para conseguir uma confissão do contador. Os soldados o levaram para as dependências do famigerado DOPS e o torturaram. 

Simonal acabou sendo acusado de sequestrador e entrou para a história como dedo-duro, um estigma que colou-se a sua imagem até o fim da vida. Nenhum artista queria mais tê-lo por perto, cantar, tocar, falar, ser visto perto do homem que até pouco antes era o maior espetáculo do Brasil. Perdeu o respeito, patrocinadores, shows agendados e o nome. Foi relegado violentamente ao ostracismo, sem direito a voz ou vez. Ser considerado delator em plena Ditadura Militar era pior que qualquer outra coisa. Simonal foi julgado culpado (formal e informalmente) pelo sequestro. Nos autos, era referido como colaborador das Forças Armadas e informante do DOPS.

Wilson Simonal, como um fenômeno brasileiro só pode ser compreendido no seu contexto. Em primeiro plano, foi a expressão de um talento individual e popular, um homem negro orgulhoso de ter vencido num país que o via com espetacular respeito. Um país cujo discurso da miscigenação e da tolerância racial não correspondia à realidade, muito menos que hoje. Seu status de artista era conveniente às exceções e Simonal transitava soberano, sob o manto do “todo onipotente da pilantragem”, termo que encarnava materialmente o “jeitinho brasileiro”. Num segundo momento, passou a ser a concretização dos medos, das neuroses e de tudo aquilo que o país “politizado-contra-a-repressão” não tolerava: um delator (na verdade, sem direito real de resposta sob sua própria situação), um amigo da ditadura (por ter sua história ligada aos tempos de exército) e principalmente, um homem sem caráter, capaz de atrocidades, de sequestro, como, aliás, dizia-se à boca pequena, era passível de acontecer, sendo ele um homem vindo da favela, de um ambiente pernicioso. Não que isso aconteça com todos da favela, Deus-me-livre, mas ficou claro que foi o caso dele. Entre todo o revanchismo sobre Simonal era isso que pensava o Brasil. Lógico, nada disso dito tão abertamente assim, mas tudo estava ali, visível acima das entrelinhas.

Somente há muito pouco tempo, Simonal deixou de ser um tabu. Começou-se mesmo a questionar se o caso do sequestro não foi apenas um “vacilo”, um ato impensado que se saiu do controle. Se houve mesmo a necessidade de descer sobre ele o manto do esquecimento e de tamanha repulsa. Principalmente, se a voz que o calou não foi de fato a do medo e do preconceito.

Simonal morreu em 25 de julho de 2000. Magro, alcoólatra, amargo e esquecido. Lutando ainda, com documentos à mão, para provar o que ninguém mais lembrava ou queria saber. Seu talento, no entanto, ainda marca indelevelmente a nossa história musical, embora sob uma sombra espessa que ainda hoje paira e o esconde. 

Para quem reconhece um talento, vale a pena conhecer. 

Fica a dica.

 


Veja o trailer do documentário:


SIMONAL - Ninguém Sabe o Duro que Dei  
Direção de Micael Langer, Calvito Leral e Cláudio Manoel

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Encontro de Leitura no SESC Conquista



O SESC Conquista no período de 05 a 08 de Novembro 2012 no projeto "Encontro de Leitura, um encontro para muitas vozes" estará oferecendo várias oficinas de contação de histórias. A programação também inclui um workshop de construção de bonecos cênicos ministrada por Adriana Quintanilha e Vinícius Della Líbera, da Companhia Voadora de São Paulo.



Local: Centro Sesc Vitória da Conquista
Horário: 17:30 às 21:30
Período: 05 a 08 de novembro
Vagas: 15
Público alvo: atores, bailarinos, professores, artesãos, educadores e estudantes de artes em geral.
Inscrições gratuitas
Inscrições e informações: 77 3426-3131 ramal 227


Confira a programação completa abaixo:


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Mostra Cinema Conquista em Cartaz

Por Marcelo Lopes
 
Em cem anos da história do cinema em Vitória da Conquista (1912-2012), algumas questões são fundamentais para compreender porque, muito longe da dinâmica da capital do estado, com seus fluxos e economias, a maior cidade do sudoeste vem se tornando o principal representante do cinema e do audiovisual na Bahia.

Podemos começar a falar de Glauber Rocha como primeira referência – uma grande referência! – mas, em si mesma, ela se esgotaria na breve e explosiva passagem deste conquistense de fabuloso talento e inquietação cultural pelas nossas paragens terrenas no início dos anos 80. No entanto, Conquista não se limitou a ser a terra natal de Glauber e buscou transformar a empatia pela Sétima Arte em uma característica da identidade local.

Em 1999, num evento chamado “Cinema Brasil: uma história comentada”, promovido pelo Programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo Uesb, no Teatro Glauber Rocha, o então ministrante do curso, o cineasta Walter Salles (Central do Brasil e Na Estrada), tecia elogios – com reconhecido e grato sentimento – quanto ao conhecimento e envolvimento dos participantes do seminário com o sentido vívido do cinema. 

Lançamento do filme "Terra Estrangeira", de Walter Salles, em 1997, 
no Cine Madrigal. Ao centro, o ator Matheus Nachtergaele.
Expresso em inquietações, projetos, sonhos, curiosidades, realizações e, sobretudo, em práticas que vão e voltam na compreensão de que o cinema é mais que entretenimento, a população permanece no ritmo de uma consciência construída ao longo das últimas décadas.

As conquistas do município vão desde projetos que põem o cinema e o audiovisual como foco educacional como a recente Mostrinha de Cinema Infantil, mas também com iniciativas anteriores como o “Cinema: eis a questão”, que seleciona e trabalha os conteúdos de três filmes para o vestibular da Uesb. Ou mesmo projetos mais antigos na cidade, a exemplo das várias edições da Semana Glauber, o Cine Cidadão, os pontos de exibição de cinema do Espaço Atuar e do Cine SESC e as iniciativas do Encinemando, do Centro Integrado de Educação Navarro de Brito. Pontua-se também os produtores, roteiristas, técnicos, diretores, estudiosos, os agitadores culturais, sem falar do próprio curso de Cinema e Audiovisual da Uesb.

Talvez a vitrine mais ampla dessa manifestação de amor conquistense ao cinema seja materializada na Mostra Cinema Conquista, evento que aglutina de uma forma articulada as experiências e expectativas de cinema mais interessantes desenvolvidas na cidade.

Às portas de mais uma edição, o Sintoma de Cultura rende mais uma vez sua homenagem àqueles que tornam possível sonhar 24 quadros por segundo. Ou, como diria a figura emblemática e saudosa de Jorge Melquisedeque, possibilitam-nos ver “o cinema acontecer aqui mesmo na minha terra, tão de perto, mas tão de perto que a gente chegava a tropeçar nele pelo caminho.

Release da Mostra 2012:

A Mostra Cinema Conquista – Um olhar para o novo cinema chega a mais uma edição, em 2012, como um dos eventos culturais mais importantes da Bahia. Já são oito anos de esforços incansáveis na busca da democratização do acesso ao cinema nacional. Promovendo a exibição, formação e discussão sobre a sétima arte e sua diversidade, apresentando as recentes realizações por meio de filmes de longas e curtas-metragens, o evento coloca Vitória da Conquista no circuito nacional de difusão audiovisual e como destaque no cenário cultural baiano. Este ano, a mostra será realizada de 07 a 11 de novembro de 2012.

Além das exibições, a Mostra Cinema Conquista – Ano 8 trará ao público a realização de conferências, oficinas, lançamentos de livros, exposições e atividades culturais, com acesso gratuito para a população. Tudo isso acontece em um contexto muito especial para a cidade, em que se homenageia, nesta edição, os 20 anos do Programa Janela Indiscreta Cine-Vídeo Uesb, embrião e, depois, impulsionador das ações de cinema em Vitória da Conquista e região; com a instalação do Curso de Cinema da Uesb e, agora, com o projeto para a implantação de um Polo de Cinema em Vitória da Conquista. Por tudo isso, a Mostra Cinema Conquista – Ano 8 destaca-se por ser não apenas um evento de exibição de filmes, mas um lugar de suma importância para o debate, o desenvolvimento e a consolidação do cinema na Bahia.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Eleição para os Colegiados Setoriais das Artes - BA



A Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), convoca a comunidade artística baiana para o cadastramento de eleitores e candidatos que participarão das eleições dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia. Cidadãos atuantes nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro devem fazer o cadastro disponível em sistema online, acessível aqui, até o dia 6 de novembro, ficando aptos a votar ou a concorrer nas eleições, que ocorrerão de 22 de novembro a 7 de dezembro, também pela internet.

O estabelecimento dos Colegiados Setoriais está previsto na Lei Orgânica da Cultura da Bahia, que dispõe sobre a Política Estadual de Cultura e institui o Sistema Estadual de Cultura, com referências normativas e instrumentos que garantem a organização e o planejamento a longo prazo e de Estado da Cultura da Bahia. Os Colegiados têm a função de orientar e respaldar decisões políticas voltadas a cada área, atuando como instâncias de consulta, participação e controle social das ações promovidas pelo poder público.

Cada linguagem artística se representará pelo seu próprio Colegiado, que vai ser individualmente integrado por nove membros, sendo três do poder público, indicados pelo secretário de Cultura, e seis da sociedade civil, eleitos através deste processo participativo – todos eles com seus devidos suplentes. Os grupos formados neste momento em que se institui pela primeira vez os Colegiados Setoriais das Artes no Estado da Bahia vão cumprir mandato entre 2013 e 2015.

ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO – Desde abril de 2012, quando se fez o lançamento deste trabalho, a FUNCEB vem articulando a construção dos Colegiados com a sociedade civil baiana, em diversos encontros realizados na capital e no interior. Este processo culminou com o Encontro de Articulação Setorial – Construindo os Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, realizado no último mês de agosto, em Salvador, onde se reuniram cerca de 150 cidadãos das classes artísticas, oriundos de mais de 20 municípios, numa representação efetiva de todos os Macroterritórios da Bahia.

Neste mais recente evento, sociedade e poder público, em diálogo, indicaram procedimentos para as eleições que se aproximam, além de composição, regimento, forma de organização e funcionamento dos Colegiados. Na ocasião, também foram escolhidos titulares e suplentes de todas as áreas que estão compondo a Comissão Organizadora das Eleições dos Colegiados Setoriais. As sugestões oriundas deste Encontro foram novamente debatidas na primeira reunião da referida Comissão, realizada em 26 de setembro, e encaminhadas ao Secretário de Cultura para decisão final. As disposições sobre o processo eleitoral estão, por fim, listadas na Portaria 256/2012, publicada no Diário Oficial da Bahia em 11 de outubro e disponível aqui.

A mobilização para as eleições e para a participação maciça de artistas de todos os Territórios de Identidade da Bahia será feita também através de uma parceria com a Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult/SecultBA), cujos representantes territoriais, presentes nos 27 Territórios, vão atuar na convocação pública e dar apoio a uma série de viagens que a FUNCEB vai fazer para divulgar o cadastramento aberto.

É importante destacar que a organização dos setores é fundamental para fazer valer suas demandas e opiniões dentro do regime democrático. A consolidação dos Colegiados Setoriais das Artes conta com o suporte necessário da FUNCEB/SecultBA, mas é a sociedade quem deve se apropriar do processo. Artistas, produtores, agentes culturais, gestores, professores, pesquisadores, multiplicadores e demais profissionais das classes artísticas baianas são responsáveis por consagrar os Colegiados e fazê-los existirem com eficiência e sólida representação. Assim, além de aderir às eleições como eleitores e/ou candidatos, a FUNCEB convida a todos a contribuírem na divulgação deste acontecimento essencial para o fortalecimento das políticas culturais na Bahia. Fale com seus conterrâneos, comunidades, grupos, repasse a informação a seus pares, apresente o processo para seus alunos: os Colegiados Setoriais das Artes são uma conquista de todos.

CADASTRAMENTO SIMPLIFICADO – O cadastramento de eleitores e/ou candidatos das eleições dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia é aberto a pessoas físicas, maiores de 18 anos, residentes no estado da Bahia e atuantes nos setores artísticos, fatos que devem ser declarados na inscrição. Também é solicitado que se tenha conhecimento da Lei Orgânica da Cultura da Bahia e do Plano Nacional de Cultura, disponíveis para consulta aqui neste blog. Não podem participar detentores de cargo comissionado na administração pública federal, estadual, distrital ou municipal, nem funcionários públicos da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia ou de suas vinculadas.

Em consonância com os debates feitos ao longo do ano, a Comissão Organizadora das Eleições dos Colegiados Setoriais e a FUNCEB/SecultBA investiram em fazer deste cadastramento uma tarefa simplificada para a sociedade. Os interessados devem acessar o sistema online, clicando neste link, e apenas preencher corretamente o formulário devido, selecionando a área em que se insere e o tipo de inscrição: somente como eleitor ou como eleitor e candidato. Aquele que optar também pelo registro de candidatura deve relatar atuação no setor por no mínimo três anos, justificar a razão de ser candidato, apresentar pelo menos uma proposta de diretriz para o desenvolvimento da área em que concorre, além de enviar uma fotografia. Não é necessário envio de documentos e a comprovação da veracidade das informações é feita com declarações inseridas no próprio formulário.

As inscrições serão avaliadas pela Comissão Organizadora das Eleições dos Colegiados Setoriais das Artes (cuja lista de membros pode ser consultada aqui), para que sejam validadas. O resultado da primeira análise dos cadastros de eleitores e candidatos será divulgado no dia 13 de novembro. Para que a eleição de um setor se efetive, o Colégio Eleitoral Setorial deverá ter, no mínimo, 30 cadastrados validados, sendo pelo menos 12 candidatos que concorrerão às seis vagas de titulares e seis vagas de suplentes.

Cadastramento de eleitores e candidatos
Eleição dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia
Aberto a cidadãos residentes no estado da Bahia e atuantes nos setores artísticos
Artes Visuais | Audiovisual | Circo | Dança | Literatura | Música | Teatro
Quando: Até 6 de novembro de 2012
Onde: Através de sistema on line disponível aqui
Mais informações:
Assessoria de Relações Institucionais da FUNCEB – Kuka Matos
71 3324-8549
colegiadossetoriaisbahia@gmail.com